Sarcopenia é uma palavra de origem grega que significa “perda de carne” e foi reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde (CID-10M62.84) desde 2016.
Trata-se de uma condição definida pela perda de massa e função do músculo esquelético. Mesmo que sarcopenia e envelhecimento estejam fortemente ligados, seu desenvolvimento pode estar associado a doenças que não são exclusivamente notadas em idosos.
O QUE É A SARCOPENIA?
Trata-se de uma alteração da musculatura esquelética caracterizada pela redução da força e da massa muscular secundária ao envelhecimento, podendo comprometer o desempenho físico do indivíduo.
A sarcopenia é uma condição frequente, embora pouco diagnosticada, com o número de pessoas acometidas pela doença elevando-se de maneira importante com o aumento da idade.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA SARCOPENIA?
A redução da força e da massa muscular estão associadas a efeitos adversos a curto e longo prazo. Os indivíduos acometidos podem apresentar dificuldades como: carregar algum objeto ou peso; para caminhar pequenas distâncias, por exemplo, dentro do próprio quarto; levantar-se da cadeira sem apoio e para subir degraus. Muitas vezes, essas alterações vão se manifestando de forma paulatina, sendo despercebidas por paciente e familiares visualizando algumas limitações maiores como típicas da idade.
A sarcopenia está relacionada a vários comprometimentos da saúde que se estendem desde quedas e fraturas à comprometimento cognitivo, com alterações da memória e quadros depressivos, incapacidade para as atividades de vida diária, como deambular sozinho; perda da independência e maior risco de óbito.
SARCOPENIA EM IDOSOS: QUAL A RELAÇÃO ENTRE A DOENÇA E O ENVELHECIMENTO?
O decréscimo da massa muscular se inicia de forma fisiológica por volta da quarta década de vida. Ocorre principalmente em indivíduos sedentários e com algumas doenças, mas também nos indivíduos ativos e saudáveis, com redução de cerca de 1,5% da força muscular e de 1% a 2% da massa muscular ao ano a partir dos 50 anos.
Com o envelhecimento, o maquinário envolvido no equilíbrio muscular começa a apresentar algumas limitações. Dentre outros fatores, ocorre menor resposta das células às ofertas de nutrientes, principalmente de proteínas e alterações hormonais que tornam o processo de regeneração e formação muscular menos eficiente.
Algumas modificações celulares incluem redução no tamanho e número de fibras musculares, particularmente as fibras do tipo II (resposta mais rápida), associada a infiltração de gordura no tecido muscular.
Confira mais informações na entrevista com a Dra Raquel Ribeiro – Nutricionista.
Fonte: Delboni Medicina Diagnóstica.