O 3º Seminário Nacional e 1º Internacional dos Portos Brasileiros, realizado pela Portos do Paraná, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, reuniu cerca de mil pessoas, remota e presencialmente. O evento, em parceria com a ABFP (Academia Brasileira de Formação e Pesquisa), ocorreu nos dias 29 e 30 de agosto.
O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, destacou o trabalho realizado pelos portos paranaenses, que por cinco vezes consecutivas foi eleito pelo Governo Federal com a melhor gestão portuária do país e reforçou a importância do evento para a troca de conhecimento entre os atores do setor portuário.
“Todos sofremos as mesmas dores e temos que enfrentar os mesmos desafios. Cada um com suas particularidades, mas buscamos acesso melhor, com terminais mais desenvolvidos, para uma logística de forma plena”, comentou Garcia.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça, Ricardo Villas Bôas Cueva, foi quem mediou o debate. “Num país do tamanho do Brasil é fundamental que a gente tenha uma noção clara de quais são os melhores modelos usados no mundo, que oferecem mais eficiência e permitem investimentos com o máximo de retorno e foi isto que buscamos trazer para o debate”, disse.
DESAFIOS – Na sequência, debate foi sobre as questões de sustentabilidade e financiamento da infraestrutura no Brasil, e os impactos no setor portuário.
“O Brasil é um super produtor de alimentos, sendo um dos principais protagonistas no campo da segurança energética, o que é essencial na transição pra uma economia verde”, pontuou o economista e professor, Marcos Troyjo.
O diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery, marcou presença neste debate.
“Foi uma oportunidade de discutirmos os problemas crônicos e ver de que modo podemos endereçá-los em uma reforma do marco legal dos portos, trazendo simplificação e dotando algumas instituições de maior autonomia”, disse.
No painel que fechou o evento, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, defendeu, entre várias propostas, uma atualização da lei que rege o sistema portuário na dimensão institucional, contratual e de organização do trabalho.
“Não há desenvolvimento sem infraestrutura, só é possível expandir a infraestrutura, inclusive portuária no Brasil, com mais investimentos públicos e privados, por isso essa temática da regulação que abrange não só a atuação das agências, mas também de outras instâncias, a exemplo dos tribunais, é central”, afirmou Dino.
Na sexta-feira (30), representantes de portos dos Estados Unidos, Espanha e do Brasil falaram sobre os modelos de governança, gestão portuária, relações de trabalho e como acontecem os investimentos em infraestrutura em cada região.
Rádio Difusora FM 104.7, com informações da Agência Estadual de Notícias