O Corpo de Socorro em Montanha (Cosmo), que atua em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT) no Parque Estadual Pico do Marumbi, em Morretes, alerta que 75% das ocorrências de resgate acontecem entre outubro e maio, período fora da “temporada de montanha”. Nessa época, o calor, as chuvas e a escassez de pontos de hidratação aumentam o risco de incidentes.
Segundo levantamento publicado pela SciELO Brasil, com base em dados de 2002 a 2018 e 41,6 mil visitantes, 58% dos incidentes estão ligados a atrasos, cansaço e desidratação; 39% a quedas ou doenças; e 3% a pânico ou vertigem. A maioria das vítimas (56%) são estreantes, e as trilhas com mais ocorrências são Rochedinho (22%), Olimpo (21%) e Abrolhos (20%).
De acordo com Caius Marcellus Ferreira, do Cosmo, fora da temporada o público costuma ser menos experiente e enfrenta condições mais exigentes. A falta de preparo físico, planejamento e conhecimento do terreno respondem por 60% dos resgates. Ele reforça a importância de equipamentos adequados, hidratação, planejamento prévio e respeito ao horário limite de acesso (9h).
Em caso de emergência, o Cosmo aciona um plantonista (“coelho”) equipado para estabilizar e auxiliar a vítima. Em situações graves, pode haver apoio aéreo do BPMOA; caso contrário, o resgate terrestre pode levar até 10 horas para cada hora de subida.
O chefe do parque, Gabriel Camargo Macedo, lembra que o cadastro, termo de risco e identificação são obrigatórios para garantir a segurança dos visitantes. O parque tem 8,7 mil hectares, abriga parte da Ferrovia Paranaguá–Curitiba, o Salto dos Macacos, o Caminho do Itupava e o Conjunto do Marumbi, com picos acima de 1.000 metros, entre eles o Rochedinho e a Ponta do Tigre (1.400 m).
Rádio Difusora FM 104.7, com apoio nas informações da AEN
Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST-PR
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