Na manhã desta terça-feira (11), o delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), convocou uma coletiva de imprensa sobre o trágico acidente ocorrido em 20 de outubro, no km 665 da BR-376, em Guaratuba.
A colisão, que envolveu três veículos, resultou na morte de nove pessoas que estavam em uma van da equipe de remo da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul.
Após a perícia e investigação, o inquérito foi concluído, e o motorista e o proprietário do caminhão foram indiciados por homicídio culposo e lesão corporal.
“Com base nas provas produzidas durante a investigação, constatamos a responsabilidade criminal de duas pessoas. O primeiro é o motorista do caminhão, indiciado pela prática de homicídio culposo e lesão corporal culposa em relação ao adolescente. A segunda pessoa responsabilizada é o proprietário do caminhão. O laudo policial revelou que os freios do semirreboque estavam em condições precárias de funcionamento. Portanto, o proprietário do caminhão deixou de adotar as cautelas e os cuidados devidos na manutenção do veículo, caracterizando uma conduta negligente”, afirmou o delegado Edgar Santana.
Segundo o delegado, os dois não foram presos, mas o caso já foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as providências cabíveis.
“Os dois foram indiciados. O procedimento já foi comunicado ao Judiciário e ao Ministério Público”, concluiu o delegado Edgar Santana.
Adolescentes entre as vítimas
A van transportava uma equipe de atletas adolescentes de remo, em uma viagem fretada que partiu de São Paulo (SP) com destino a Pelotas (RS). Nove ocupantes morreram, sendo dois adolescentes de 15 anos, um de 16, três de 17, um jovem de 19 anos, além de dois adultos, de 43 e 52 anos.
Foto: Corpo de Bombeiros
“Concluímos que o acidente ocorreu devido à combinação de dois fatores: a falta de habilidade técnica do motorista e as condições precárias do veículo, especialmente dos freios”, ressaltou o delegado.
Os crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro têm penas que podem chegar a até seis anos de prisão, além da suspensão da carteira de habilitação do motorista.
Rádio Difusora FM 104.7, com apoio nas informações da CBN Curitiba/ Portal Mais Notícias