Rádio Difusora FM 104.7, com informações do MAE
História do Monumento
A história do Colégio dos Jesuítas começa com uma petição da Câmara de Paranaguá ao Padre Superior da Companhia de Jesus, em Roma, enviada no ano de 1682, solicitando a presença constante de jesuítas na vila, para ministrar atividades educacionais, por meio da fundação de uma casa ou colégio. Foram anos de burocracia e de auxílio dos moradores da região, até que o Colégio finalmente pudesse ser inaugurado, em 1755. Além da função educacional, o edifício servia de residência aos jesuítas, que ali realizavam todas as suas atividades.
Com a expulsão dos padres da Companhia de Jesus determinada pela lei Pombalina, em 1759, os jesuítas tiveram que abandonar a América, passando seus bens para a coroa portuguesa. A edificação em Paranaguá, então, passou a abrigar diversas repartições de governo, como a Alfândega, o serviço de embarque do Exército e o Tiro de Guerra.
No ano de 1938 o edifício do antigo Colégio dos Jesuítas foi tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual IPHAN). Em 1958 a Universidade Federal do Paraná assinou um convênio com a Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional para uso do monumento e instalação de um museu universitário. Passou por um processo de reformas, iniciado em 1958, que se estendeu até 1962, quando então o Museu foi oficialmente instituído e seu funcionamento autorizado.
Confira a entrevista:
História do MAE
O Museu de Arqueologia e Etnologia está instalado no antigo Colégio dos Jesuítas, em Paranaguá. Após a guarda do edifício ser confiada à Universidade Federal do Paraná, em 1958, o professor José Loureiro Fernandes, à época catedrático de Antropologia da Universidade, passou a organizar o Museu de Arqueologia e Artes Populares. Após alguns anos de reformas e restauro no edifício, o museu foi instituído através de uma resolução expedida pelo Conselho Universitário em 26 de janeiro de 1962. Sua inauguração, no entanto, só ocorreu no dia 29 de julho de 1963, propositalmente no mesmo dia e mês de fundação da cidade de Paranaguá.
A proposta de Loureiro Fernandes para o museu estava centrada na recuperação das tradições populares e na divulgação das pesquisas em arqueologia, que estavam em pleno desenvolvimento no Paraná no período de fundação do museu. Essa proposta inicial permaneceu até o ano de 1992, quando o museu sofreu modificações em sua estrutura e passou a denominar-se Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá – MAEP; no ano de 1999 o museu teve novamente seu nome alterado para Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná – MAE.
Entre 2002 e 2009 o MAE passou por um processo de revitalização, envolvendo várias ações: o restauro do Monumento; a criação da Reserva Técnica em Curitiba, para onde, por questões, sobretudo técnicas, foi trasladado o acervo; a inauguração da Sala Didático-Expositiva; e a reformulação das prioridades e formas de atuação do museu. Desde então o MAE organiza suas ações a partir da articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão. Na interface social, o MAE busca a garantia de consonância entre as políticas institucionais e as políticas públicas no que respeita à inclusão, à transparência, à preservação e à educação patrimonial, e a dedicação ao fortalecimento da cidadania.