A Polícia Científica do Paraná (PCP) concluiu a instalação de um novo sistema automatizado de extração de DNA que tornará a análise de materiais ligados a investigação de crimes violentos e sexuais mais precisa. Chamada de Autolys, a plataforma foi adquirida pelo Governo do Estado por quase R$ 2,7 milhões e representa o que há de mais moderno na área de análise forense no mundo.
A compra do equipamento foi efetuada com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) após ser definida como uma prioridade pelo Governo do Estado, sendo alocada na PCP por meio do Fundo Especial do Sistema Único de Segurança Pública do Paraná (Funsusp/PR).
O Autolys foi instalado na sede da PCP no bairro Tarumã, em Curitiba, sendo projetado para extrair o DNA de diversas células humanas, incluindo espermatozoides, o que o torna crucial para a investigação de crimes que envolvem material biológico.
Foto: Arnaldo Neto/AEN
Para o diretor-geral da PCP, Luiz Rodrigo Grochocki, a chegada do equipamento coloca o Paraná na vanguarda da tecnologia forense, fortalecendo sua capacidade de resolver casos complexos com mais agilidade e precisão.
“Essa automação gera resultados mais eficazes para o sistema de justiça e segurança pública, mas também serve como uma proteção do cidadão contra eventuais injustiças ao gerar provas periciais robustas baseadas no método científico”, defendeu.
Além da precisão, a PCP também deve ganhar em eficiência. Segundo Canezin, o novo equipamento consegue processar cerca de 88 amostras de uma só vez, o que representa de três a quatro vezes mais do que a capacidade atual dos peritos.
“Com isso conseguiremos aumentar o número de laudos de violência sexual liberados para a justiça e a tendência é que tenhamos uma redução do tempo de liberação, que até então demorava de uma a duas semanas em média desde a extração, amplificação, separação e análise do perfil pelos peritos”, explicou.
MELHORIA CONTÍNUA — A plataforma Autolys é operada por apenas outros quatro estados e pela Polícia Federal, colocando o Paraná entre aqueles com os maiores e mais modernos parques tecnológicos para o processamento de DNA no Brasil.
A iniciativa é mais uma que visa melhorar a estrutura da Polícia Científica do Paraná e, sobretudo, o laboratório de genética molecular da corporação, criado há 20 anos e uma referência nacional pela sua política de constantes inovações.
Atualmente, a Polícia Científica do Paraná trabalha na compra de 12 softwares de análise de DNA e 12 equipamentos, avaliados em mais de R$ 8 milhões, para o laboratório de genética, cujo processo já está em estágio avançado. Também está em andamento um concurso público para a contratação de 30 novos peritos oficiais criminais, com expectativa de nomeação dos aprovados nos próximos meses.
Rádio Difusora FM 104.7, com apoio nas informações da Agência Estadual de Notícias