A poliomielite é uma infecção viral grave que pode causar paralisia flácida súbita, afetando principalmente crianças menores de 5 anos. A vacinação é a única forma eficaz de prevenção, pois não existe tratamento específico para a doença. O Paraná já está livre de casos de poliomielite há 38 anos, enquanto o Brasil não registra a circulação do vírus há 35, e as Américas, há 30 anos. No entanto, o combate continua uma prioridade global, dada a possibilidade de reintrodução do vírus em regiões como o Brasil.
Correr, brincar, pular e viver uma infância plena é essencial para as crianças, mas a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, pode interromper esses momentos, comprometendo a saúde e o desenvolvimento. Neste 24 de outubro, Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância da imunização e da vigilância constante para garantir que o Estado permaneça livre da doença.
VACINAÇÃO – De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), a partir de 4 de novembro as doses de reforço aos 15 meses de idade, anteriormente aplicadas com a vacina oral (VOPb), popularmente conhecida como “gotinha”, foi substituída pela vacina inativada (VIP), que é injetável.
VIGILÂNCIA – Recentemente, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta após a detecção de poliovírus derivado vacinal tipo 3 em águas residuais na Guiana Francesa, na fronteira com o Amapá. Esse fato reforça a necessidade de intensificar as ações de vigilância no Brasil, especialmente na detecção, investigação e coleta rápida de todos os casos de Paralisia Flácida Aguda (PFA) em menores de 15 anos. A PFA, caracterizada pela paralisia súbita dos membros, pode ser um sinal de poliomielite e requer monitoramento contínuo.
No Paraná, a meta é a notificação de, no mínimo, 23 casos de PFA por ano em menores de 15 anos, já que trata-se de um dos sintomas da poliomielite. Após a notificação é realizado o exame de fezes e, com resultado negativo para o poliovirus na amostra, o caso é descartado. Isso garante a detecção precoce de uma possível circulação do vírus. Em 2024, o Estado já notificou 27 casos de paralisia flácida aguda. Esse monitoramento contínuo é essencial para uma resposta rápida e eficaz contra a paralisia infantil.
Rádio Difusora FM 104.7, com informações da Agência Estadual de Notícias