Em agosto, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, se tornou o primeiro terminal do Brasil a obter autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para que o processo de amostragem de amendoim seja realizado em área portuária.
A amostragem de amendoim para verificação de aflatoxinas é uma etapa necessária para que a mercadoria passe por análises laboratoriais, atestando a qualidade do produto de acordo com os padrões definidos pela União Europeia para exportação. O continente é o mercado mais exigente e o que mais paga pelo produto brasileiro.
Segundo Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e serviços da TCP, “a amostragem diretamente no Terminal de Contêineres de Paranaguá garante maior agilidade, segurança e menor custo logístico para nossos clientes, que não precisarão mais enviar o amendoim para um armazém intermediário para realizar o processo”.
Para exportadores que embarcam seu amendoim por outros terminais, a carga deve primeiro passar por um armazém intermediário que tenha autorização do MAPA para realizar a amostragem.
A Beatrice Peanuts, maior exportadora de amendoim do Brasil, será beneficiada pela medida. Com embarques anuais entre 50 e 55 mil toneladas do produto, 50% delas destinadas ao continente europeu, a empresa de Tupã (SP) exporta todo o seu amendoim pela TCP, parceria que já dura 8 anos.
A gerente de exportação, Angela Nistarda, ressalta que “com os processos de amostragem e armazenagem centralizados na TCP, teremos operações mais rápidas, reduzindo as chances de remessas perdidas e evitando custos extras com detenções e no-shows. Outra vantagem é a segurança e rastreabilidade do produto, que não precisará passar por um depósito intermediário.”
Processo de autorização e amostragem
As negociações para obtenção da autorização começaram no segundo semestre de 2023, a partir do diálogo entre a equipe do TCP e a Beatrice Peanuts, que enfrentava uma limitação na capacidade de amostragem quando o processo era realizado em armazéns intermediários.
“Mobilizamos nossa equipe regulatória para entender as exigências dos órgãos intervenientes em termos de segurança e condições ideais para que o processo de amostragem ocorresse em um terminal portuário. Com base em estudos e laudos técnicos, conseguimos comprovar que o Terminal oferecia os mais altos padrões sanitários e a expertise necessária para que o processo fosse realizado em nosso armazém”, explica Rafael Stein, gerente institucional e jurídico da TCP.
Com a autorização, os exportadores de amendoim agora podem solicitar que laboratórios certificados pelo MAPA realizem o processo de amostragem dentro do armazém alfandegado do Terminal, após a carga ter sido devidamente calibrada, descarregada e posicionada pela equipe do TCP.
O gerente de operações logísticas da TCP, Fabio Mattos, explica que, em geral, “o processo de posicionamento, descarga e paletização da carga segue uma série de regras rígidas para evitar qualquer tipo de contaminação do produto. O contêiner é escaneado na entrada do terminal e, após a coleta da amostra, o amendoim é recolocado na unidade e então armazenado no pátio de operações enquanto aguarda a liberação do laboratório contratado pelo cliente”.
Sobre Beatrice Peanuts
O Grupo Beatrice está entre os maiores exportadores de amendoim da América Latina e é o maior do Brasil, respondendo por 20% do volume do produto exportado pelo país. Aliando o que há de mais moderno em sementes, insumos, maquinário e técnicas de manejo agrícola às melhores tecnologias de beneficiamento e seleção de grãos, a Beatrice Peanuts exporta entre 50 e 55 mil toneladas de amendoim por ano para mais de 50 países.
Rádio Difusora FM 104.7, com informações da TCP