Professores e alunos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) registraram um aplicativo de celular que auxilia no controle de diabetes. O Glicodata, criado por estudantes e professores de Medicina, Engenharia de Computação e Departamento de Saúde Pública conquistou, em 20 de agosto, o certificado de registro pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
Desenvolvido ao longo de dois anos e lançado em 2023, o Glicodata foi criado para calcular o risco de desenvolver diabetes de acordo com as características do usuário. A avaliação é feita por meio de questionário, utilizando a metodologia Audrisk, do governo da Austrália, para mensurar o risco de diabetes de acordo com o gênero, renda, faixa etária, rotinas, histórico familiar e hábitos de consumo do indivíduo para, ao final, estimar sobre a probabilidade de desenvolver a condição.
“O registro de software irá garantir a proteção da tecnologia do Glicodata, impulsionando o avanço tecnológico para a área e permitindo a integração da UEPG com a indústria e a sociedade”, celebra.
PROJETO – O projeto é uma ação extensionista desenvolvida em parceria entre os cursos. O aplicativo foi desenvolvido pelo projeto de extensão “Museu da Computação” do curso de Engenharia de Computação, pelos estudantes Caroline Heloíse de Oliveira e Davi Costa Ferreira, sob coordenação da professora Diolete Cerutti. O conteúdo da plataforma foi elaborado pela acadêmica Suelen Queiroz,de Medicina, sob coordenação do professor Erildo Vicente Muller, chefe do Departamento de Saúde Pública da Universidade.
A proposta para o desenvolvimento do programa surgiu de diálogos entre professores e estudantes dos cursos participantes para a criação de uma tecnologia voltada à orientações de saúde. Durante o desenvolvimento do Glicodata, os protótipos foram apresentados no 21º Conversando sobre Extensão da UEPG (Conex) e na 75ª Reunião da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC Jovem), em 2023, entre eventos onde foram apresentadas suas funcionalidades e efetividade.
O chefe do Departamento de Saúde Pública da UEPG, professor Erildo Muller, destaca que o aplicativo e seu registro surgem da necessidade e a dificuldade de controlar a ocorrência da doença. “A diabete é uma doença prevalente e silenciosa. Por isso foi pensado um dispositivo para auxiliar as pessoas a avaliar o risco de adquiri-la e formas de diminuir este risco. Ele foi pensado como um aplicativo por ser de fácil uso e linguagem acessível”, afirma.
O professor reforça que o projeto é parte de uma série de ações realizadas pela UEPG no combate à doença, que inclui pesquisas sobre o tema, tratamento de pacientes e capacitação de profissionais de saúde.
Rádio Difusora FM 104.7, com informações da Agência Estadual de Notícias